quinta-feira, novembro 17, 2005

Pequim proíbe empresa de vender terrenos na Lua

Agência Estado, 7 de novembro de 2005
A Administração de Indústria e Comércio de Pequim retirou da empresa americana "Lunar Embassy" sua licença para vender terrenos da Lua aos cidadãos chineses, depois que a oferta foi anunciada há duas semanas, informou hoje a imprensa oficial.
A empresa chinesa associada à "Lunar Embassy" deteve suas operações, acusada de especulação, violação de normas estatais e até mesmo "alteração da ordem social e econômica", segundo uma nota do governo do distrito de Chaoyang citada pela agência oficial Xinhua.
A firma americana, aproveitando a euforia que as viagens de astronautas chineses despertaram no país asiático, lançou em setembro seu negócio na China. O serviço foi apresentado em entrevista coletiva no mês seguinte pelo homem que fundou a companhia em 1980, Dennis Hope.
Segundo a empresa, um cidadão chinês pode comprar um acre da Lua por US$ 37, o que outorga ao proprietário o direito de usar os minerais que houver na superfície e três quilômetros abaixo.
A empresa assegurou que a venda tem base legal, já que o Tratado da ONU sobre o Espaço, assinado em 1967, estabelece que os governos da Terra não podem reivindicar propriedade alguma sobre pedaços da Lua, mas não diz nada sobre empresas ou indivíduos.
A empresa já ofereceu terras em EUA, Alemanha, Reino Unido, Irlanda, Austrália, Nova Zelândia e Japão. "Isso é ridículo, a Lua pertence a toda a humanidade, portanto uma companhia não pode vendê-la", disse um cidadão chinês, citado hoje pela Xinhua.

Nenhum comentário: